domingo, 18 de julho de 2010

Rezando por Bobby

Assisti a um filme ontem que desejaria eu poder pessá-lo em uma tela gigantesca na praça da minha cidade. Rezando por Bobby é um drama familiar estrelado pela Sigourney Weaver. Sobre um adolescente que se descobre gay porém devido a ignorância da família, ele se deprime, se rebela e acaba, eventualmente, dando fim à sua vida, fazendo com que sua mãe passe a questionar suas crenças. É um filme lindo, comovente e muito bem produzido. Me lembrou também um filme que assisti várias vezes devido à gostosura de vê-lo, Galera do Mal (Saved) com Macaulay Culkin, que fala sobre a diversidade em várias formas e a maneira estúpida que as pessoas têm de fazer uso da fé e da religião pra julgar, discriminar, enfim...

As pessoas, em sua maioria, têm uma idéia absurda de religião que é como se fosse realmente um conjunto de regras de moral e conduta a fim de que o mundo seja lindo. Que imbecilidade. Como se nada daquilo que coubesse na estrutura proposta de normalidade fosse pecado, condenado ao infe1rno eterno ou imoral. O fato de opiniões divergirem, não faz de nenhuma delas algo imoral. Vi um outro filme ontem, se não me engano ele se chama Guerra de Casamento ou algo assim, com o John Stamos (que fez ER), e lá os gays começam a fazer greve a fim de que seja levada em consideação a lei para permitir o casamento gay. Então eu penso, os gays não querem acabar com a instituição do casamento, querem mantê-la, mudá-la. Tudo muda, até bermuda. E tipo, do jeito que os héteros se divorciam mais do que se casam, não vejo como os gays podem ridicularizar uma instituição mais do que ela já está.

É tão mesquinho saca? Ter que debater sobre quem ama quem ou quem gosta doquê. É como se fosse realmente necessário mostrar como a maioria é ignorante. Eu sou gay e assumo, mas nem todos têm essa coragem e nem a família aberta que eu tenho. Mas se todos, TODOS, saíssem dos armários, se abrissem, e mostrassem que isso não os faz diferentes da sociedade, mas complementam esse grupo adicionando diversidade e criatividade (admitam, somos muito criativos), o mundo mudaria rapidinho. As pessoas não têm noção de quantos gay existem no mundo, no país, na sua própria rua. Eu proporia um beijaço no Centro de Compras da pelinca ou na praça de alimentação do Shopping da 28, mas isso não seria suficiente. Eu incluiria filmes como Rezando por Bobby ou Galera do Mal no currículo das escolas. Eu criaria um grupo de debate nas insituições de ensino. Eu treinaria policiais a advertirem os que xingam viado, bixa e boiola na rua.

Sei lá. Mas estamos vencendo aos poucos. Vê-se que são os adultos aqueles que têm problemas com a diversidade, não a juventude (fora uns babacas manés playboys), mas enfim... é como eu digo: isso é isso e vice-versa.





Um comentário:

  1. blz, rapaz, conheço este filme!
    Muito legal, mesmo!! Estou atrás dele dublado, sempre o vejo legendado. Gostaria de passar para alguns familiares com dificuldades em legendas. Sabe infomar onde consigo???
    Forte abraço, belo Blog!!

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